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Entre fevereiro e março de 1974, Antonio Carlos Jobim e Elis Regina uniram suas vozes no disco Elis & Tom, gravado em Los Angeles, na Califórnia. A passagem dos cantores pelos Estados Unidos foi gravada pelo então diretor da Band, Roberto de Oliveira, e agora virou trama do documentário Elis & Tom, Só Tinha de Ser Com Você.

Em janeiro daquele ano, pouco dias depois que Elis Regina embarcou para os EUA, Roberto de Oliveira tomou o mesmo destino, decidido a registrar os bastidores das gravações. “Precisei montar uma equipe nos Estados Unidos, pedi ajuda ao senhor João Saad e ao pessoal da Band, que me apoiaram muito e o projeto deu certo”, contou Oliveira, em entrevista ao Jornal da Band.

“Eu sabia que estava presenciando um momento histórico. Desde o instante em que juntei os dois, não tive dúvidas. Então, resolvemos fazer um filme”, lembrou o diretor do documentário.
Mais de 45 anos mais tarde, as imagens feitas durante as gravações de Elis & Tom tomaram forma no documentário Elis & Tom, Só Tinha de Ser Com Você — que recentemente conquistou o Prêmio da Crítica – Melhor Filme Brasileiro durante a 46ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

É interessante lembrar que, segundo Roberto de Oliveira, a relação entre Elis e Tom Jobim não era tão bonita quanto a música feita pelos dois. “Eu tive de fazer um meio de campo para acalmar os ânimos, mas quando eles se reconheceram como os gênios que são, as barreiras se romperam”, explicou ele.

Carregado de imagens que revelam os segredos da relação entre os dois artistas, o documentário está em cartaz na programação do Cine Cultura. Para Caio Carvalho, diretor executivo do canal Arte 1, o longa “é um resgate dessa história lindíssima que começou com o senhor João Saad e com Roberto de Oliveira”.

Matéria da revista online Rolling Ston.

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Dirigido pelo inglês Ben Lawrence e produzido pelo irmão de Assange, o filme teve pré-estreia especial no Cine Cultura, no dia 22 de agosto, às 19h30.
A sessão especial seguida de debate com o tema “A IMPRENSA LIVRE E A LIBERDADE DE JULIAN ASSANGE”, teve a presença de John Shipton, pai de Julian Assange.


Com direção de Ben Lawrence, ITHAKA – A LUTA DE ASSANGE tem ao centro o ativista australiano Julian Assange, o preso político mais famoso da atualidade, cuja condenação nos EUA coloca em xeque a liberdade de imprensa no mundo todo. O documentário acompanha a luta de seu pai, John Shipton, na tentativa de salvar seu filho.

Nascido na Austrália, Assange fundou o Wikileaks, em 2006, que, em 2010, divulgou, entre outros, documentos secretos do Exército Americano sobre a Guerra do Afeganistão. Desde então, o ativista, que foi preso em 2019, quando morava no Equador, depois de pedir asilo político no país, está na prisão de segurança máxima de Belmarsh, na Inglaterra, enquanto, até hoje, os EUA seguem em busca da extradição.

A ideia do filme partiu do meio-irmão de Julian, o produtor Gabriel Shipton, que procurou Lawrence com a proposta do filme. “O conceito do documentário era acompanhar o pai deles pelo mundo enquanto fazia campanha pela liberdade de Julian. Gabriel visitou Julian pela primeira vez na prisão de Belmarsh em 2019 e ficou tão impressionado com a terrível condição em que Julian se encontrava, que decidiu começar o processo de contar sua história como um documentário. Então, quando cheguei no filme, no final de 2020, eles já haviam começado a filmar seis meses antes.”

Foi o próprio Gabriel, que divide os créditos de produção com Adrian Devant, irmão da esposa da Assange, Stella Devant, que convenceu a família a se abrir diante das câmeras, e contar sua história e de Assange. “Com o apoio dele, pudemos nos aproximar dos familiares, em especial de John. Também creio que a maneira observacional pela qual construímos o filme ajudou na atmosfera de confiança e produziu um ambiente no qual pudemos filmar reuniões familiares e momentos íntimos”, disse o cineasta em entrevista.

O documentarista aponta que, para ele, a ideia essencial do filme era apresentar John como uma figura muito humana em meio caos que sua vida se transformou com a prisão de Assange. Há momentos, por exemplo, em que o pai do ativista opta por não responder perguntas, de Lawrence não vê isso exatamente como um problema.

“Essa opção é tão reveladora quanto uma resposta detalhada e prolixa. O importante é que essas perguntas foram feitas. Em alguns aspectos, as perguntas que John não respondeu e os sentimentos por trás delas seriam diminuídos por palavras. Essas questões de conexão familiar – são questões complexas e profundas. Então, como começamos a realmente expressá-los plenamente? Acho que foi importante ver John se irritar com minhas perguntas. Foi um processo difícil, mas é importante dizer que muitas vezes ele acabava de chegar em casa depois de uma dúzia ou mais de entrevistas e só via seu filho à distância do outro lado do tribunal.”

Lawrence, por fim, aponta que Assange pagou um alto preço por seu trabalho. “Nesse tempo em que acompanho de perto sua história, percebi um aumento acentuado no apoio a ele e ao seu trabalho, o que é encorajador. Eu realmente não acho que haja qualquer pessoa de renome que acredite que sua acusação deva continuar. Todos os principais jornais globais pediram sua libertação. Um número alto de líderes mundiais também. Milhões de pessoas em todo o mundo estão pedindo ativamente por sua libertação e todos os principais grupos globais de direitos humanos e imprensa livre estão pedindo o fim de seu processo.”

ITHAKA – A LUTA DE ASSANGE tem recebido excelente acolhida por onde passa. Peter Bradshaw, do The Guardian, diz que o longa “é de partir o coração”, e a crítica australiana Margaret Pomeranz classifica o filme como “uma obra valiosa e importante, e completamente fascinante”.

ITHAKA – A LUTA DE ASSANGE será lançado no Brasil pela Pandora.

Sinopse
A batalha pela liberdade de Julian Assange vista por uma dimensão pessoal no retrato de um pai lutando para salvar seu filho.

Ficha Técnica
Direção: Ben Lawrence
Roteiro: Ben Lawrence
Produção: Adrian Devant, Gabriel Shipton
Direção de Fotografia: Niels Ladefoged
Montagem: Karen Johnson
Gênero: documentário
Ano: 2021
Duração: 106 min.


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Margot Robbie é o rosto ideal para uma Barbie do século XXI, consciente socialmente e crítica ao sistema que criou a ela própria.

Barbie é um filme debochado. Uma obra criativa, surreal, colorida e espalhafatosamente debochada. Greta Gerwig mostra como tem aprimorado suas principais qualidades como diretora e construiu aqui, em pouco mais de 100 minutos, uma espécie de manual com tópicos básicos de como dar voz a mulheres contra a hipocrisia de uma sociedade patriarcal sustentada pelo consumo.

E como “básico” entenda que realmente são as coisas mais óbvias sobre o assunto. Ideias e, principalmente, sentimentos que dificilmente conseguem se fazer entendidos. O diferencial para que Barbie não seja um filme chato e previsível, então, veio da criatividade com a qual expõe contradições do patriarcado, tornando-se uma crítica bem-humorada dos valores deturpados que teimam em ser tratados como normais.

Barbie, o filme
Antes de qualquer coisa, Barbie é um filme de fantasia e comédia com uma estrutura similar a grandes clássicos da Sessão da Tarde. Gerwig, que assina o roteiro ao lado de Noah Baumbach (História de um Casamento), apresenta um universo próprio, com regras bem estabelecidas e rapidamente explicadas. É fácil entender o que faz sentido ali na Barbielândia, mesmo que não faça sentido aqui na vida real.

A história acompanha a Barbie Estereotípica, que vive em um lugar perfeito, na companhia de amigas perfeitas (as outras Barbies), fazendo coisas divertidas e imersa na certeza de que a sua invenção fez bem para meninas no mundo real. No entanto, começam a acontecer mudanças de comportamento que a levam a uma inevitável crise existencial.

Para superar toda essa confusão, ela embarca em uma jornada incrível de descobertas sobre si, sobre o mundo ao qual pertence e, acima de tudo, sobre o mundo onde foi criada para servir de exemplo e faturar milhões.

Crítica nada sutil
Apesar de não apostar muito na sutileza para cutucar o status quo, Barbie se aprofunda no comentário social e político por meio da sagacidade dos diálogos e atuações irônicas, propositalmente exageradas.

A crítica é o coração desse filme, utilizando doses consideráveis de metalinguagem para manifestar-se contra o sistema no qual está inserido. O posicionamento quanto à Mattel é até surpreendente, batendo firme nas supostas boas intenções ao lançar a boneca como um brinquedo que inspiraria crianças de todo o mundo, mas que se tornou o reflexo de um padrão de beleza inalcançável e o motivo do colapso da autoestima de várias gerações.

Apenas um Ken
Enquanto conversa diretamente com meninas e mulheres por meio de referências nostálgicas ligadas à boneca, despertando sensações comuns – sejam positivas ou negativas -, Barbie pisa no calo de homens em muitos níveis.

As críticas logicamente alcançam aqueles que são misóginos, homofóbicos, conservadores e retrógrados, mas também os queridos progressistas que se colocam em posição de aliados, mas acabam apenas buscando um tipo diferente de protagonismo.

O fato de todos os Kens serem estúpidos não busca atingir homens de uma forma literal, mas, ao deixar muitos deles irritados com o retrato genérico, cumpre perfeitamente seu objetivo. Ryan Gosling tem uma atuação fisicamente muito expressiva e parece ter entendido perfeitamente o que estava representando ali. Se o espectador tiver uma masculinidade um pouco frágil que seja, provavelmente vai ficar ofendido em algum momento do filme. E, adivinha, é exatamente essa a piada.

Entre amigas
O filme é uma grande conversa de bar entre amigas. Greta Gerwig se diz incrédula depois que a Warner aprovou o roteiro escrito por ela e Baumbach, mas o resultado foi incrivelmente natural.

Margot Robbie é a melhor encarnação possível para a Barbie clássica e podemos agradecer a ela por ter adquirido os direitos de adaptação da personagem por meio da sua produtora, a LuckyChap Entertainment, e produzido o filme junto da Warner.

Um dos aspectos mais importantes que dá para retirar de Barbie é que não dá para definir as mulheres pelos seus papéis pré-estabelecidos por alguém em algum momento da história. Também não é correto defini-las pelas suas mazelas, pelo seu sofrimento. Inclusive, se puder não definir as mulheres sob nenhuma perspectiva, para qualquer fim ou com qualquer boa intenção envolvida, seria ainda melhor.

Assista ao filme com amigas, namoradas, esposas, filhas, sobrinhas. Leia, ouça e assista influenciadoras mulheres sobre o filme. Há uma perspectiva diferente que Greta Gerwig e Margot Robbie disseram existir diversas vezes e, no fim das contas, vai mesmo atingir o público feminino de uma forma diferente.

Esse não é um impeditivo que restrinja a audiência às mulheres, mas quem não gostar dessa perspectiva já não fazia parte do público-alvo que assistiria ao filme de qualquer jeito.

Por Filipe Rodrigues, para o Tenho Mais Discos que Amigos

 

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CRÍTICA

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Desde que se tornou persona non grata pelo regime autoritário do Irã, o cineasta Jafar Panahi tem feito um cinema pautado por signos de resistência. Em Isto Não é um Filme (2011), refletiu sobre as dificuldades de criar uma obra diretamente da prisão domiciliar. Em Taxi Teerã (2015), o deslocamento pela capital iraniana constituía um gesto calculado de desobediência civil, em prol da construção do painel humano da metrópole pela qual era impedido de circular livremente. Já seu mais novo filme guarda importantes semelhanças com o imediatamente anterior, 3 Faces (2018), por conta da localização num vilarejo em que a tradição atua de modo estruturalmente opressor. Nesse sentido, Sem Ursos ajuda a formular um painel coeso se somado aos demais longas pós-sentença. E isso se dá também pelo mergulho de cabeça na fértil indefinição entre ficção e realidade. Outra coisa que sustenta essa ideia de continuidade é a autorrepresentação, pois Panahi novamente se interpreta dentro de situações propícias à elaboração de críticas manifestadas em meio a supostas trivialidades. Aqui, ele está confinado numa aldeia próxima à tensa fronteira do Irã com a Turquia. Ora, um homem impedido pelas autoridades de sair do país flertando com a esperada subversão da sentença que lhe foi imposta naturalmente gera tensão. Ele está lá para acompanhar remotamente a rodagem do novo filme.

Jafar Panahi elabora habilmente uma narrativa bifurcada, caracterizada pelo andamento paralelo de enredos interconectados. Em um deles, vemos o diretor cerceado em contato com os aldeões e, no outro, a produção do filme sobre um casal que deseja escapar à Europa em busca de dias melhores. À moda do Neorrealismo Italiano, movimento de vanguarda tão importante como inspiração à renovação do cinema iraniano, é perceptível o empenho da câmera a fim de registrar costumes, gestos e demais protocolos que nos ajudem a perceber a constituição de uma cultura alimentada por machismos e dogmas religiosos. Ghanbar (Vahid Mobasheri), o senhorio do protagonista, se dirige ao forasteiro de modo servil, assim aludindo ao imaginário que estabelece hierarquia entre os habitantes “estudados” das grandes cidades e os residentes humildes das “atrasadas” localidades interioranas. Tanto que o desfecho da subtrama envolvendo o amor do rapaz pela jovem prometida a outro pode, também, servir para sinalizar essa distância entre aqueles que evadiram da terra natal em busca de oportunidades de crescimento e os que persistiram (por vontade ou necessidade) em suas províncias de origem. No entanto, Panahi, ele próprio, se mostra indisposto com a ideia de sair do Irã, assim oferecendo outros aspectos ao dilema fundamental entre permanecer e abandonar suas raízes.

De certa forma fazendo um aceno a Blow-Up: Depois Daquele Beijo (1966), o cineasta recicla a ideia de uma imagem que pode servir para comprovar algo considerado criminoso. No longa do italiano Michelangelo Antonioni, o fotógrafo de moda supunha ter flagrado o indício de um assassinato. E isso o consumia dentro de um processo íntimo. A utilização da imagem por Panahi parte de outro aspecto e ocasiona um movimento praticamente contrário. Primeiro, diferentemente do que acontece produção dirigida por Antonioni, não enxergamos a fotografia reivindicada pelos moradores locais como prova de adultério. Sequer sabemos se o clique realmente aconteceu, se Panahi está mentindo e simplesmente apagou o arquivo da câmera digital. O testemunho do menino que garante a existência do retrato é parcialmente corroborado por uma cena anterior e suas coincidências com as palavras da criança, mas nada que sirva para esclarecer as diferenças de versão. Segundo, porque o cineasta não entra em crise pessoal pela eventualidade do “crime” praticado e, talvez, capturado pelas lentes. É o seu entorno que ferve diante da transgressão. Jafar Panahi é um personagem atravessado pela existência de leis que a ele não fazem muito sentido – algo que pode ser encarado como comentário a respeito da condenação real que o encarcerou e, em tese, o proibiu de filmar por duros 20 anos.

 

Por Marcelo Müller, para o www.papodecinema.com.br

 

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Inspirado em uma história real, o filme foi rodado no Estado do Tocantins, às margens do Rio Araguaia, e em Brasília.

A história do potiguar Glênio Sá durante a Ditadura Militar de 1964 na Guerrilha do Araguaia foi retratada no filme “O Pastor e o Guerrilheiro”, que estreia nesta quinta (13), no Cine Cultura Liberty Mall. O produtor do longa, Nilson Rodrigues, conversou com Jana Sá e Rafael Duarte para o programa Balbúrdia e fala sobre o filme e seu lançamento.

’O Pastor e o Guerrilheiro’ estreia hoje numa data importantíssima, ontem marcou o aniversário da eclosão da Guerrilha do Araguaia e do famigerado golpe militar de 64. Um momento oportuno e importante pra gente lançar o filme e uma reflexão sobre a memória e a história do Brasil”, começou Nilson Rodrigues.

O filme, que se baseia no livro “Araguaia: relatos de um guerrilheiro”, de Glênio Sá (Editora Anita Gabibaldi, 2004), será lançado em todo o país em 30 salas de cinema. O longa é dirigido por José Eduardo Belmonte, premiado cineasta brasileiro responsável por uma série de títulos, dentre eles, Alemão (2014), Entre Idas e Vindas (2016), Carcereiros – O Filme (2019) e Alemão 2 (2021).

“Essa é uma semana difícil para o cinema para brasileiro. Para termos uma noção, 90% das salas estão ocupadas com quatro blockbuster’s estadunidenses: John Wick, o Exorcismo do Papa, Dungeons & Dragons e Super Mario Bros. Nosso filme estava programado para entrar numa quantidade de salas bem maior, mas como esses filmes que foram lançados nas duas semanas anteriores tiveram uma performance boa com o público, os cinemas ampliaram as salas desses filmes”, lamenta Rodrigues.

Ele explica que o problema foi agravado com o fim da cota de telas para o cinema nacional durante o governo Bolsonaro (PL).

“Isso permite que os produtos estrangeiros explorem nosso mercado em detrimento dos filmes nacionais, os filmes brasileiros. Mas isso está sendo corrigido, que volte a cota de tela, que um percentual de cinemas seja obrigado a exibir conteúdo nacional. Isso se faz em qualquer lugar do mundo capitalista”, critica o produtor do filme.

O filme teve pré-estreia no Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Brasília e em Palmas, onde parte do longa foi gravado.

“Estamos muito empolgados, o filme está muito agradável, é muito interessante, emociona muito e permite um mergulho na história do Brasil”, avalia Nilson Rodrigues.

Confira a íntegra da entrevista: https://www.youtube.com/live/1NH0izWaf00?feature=share

 

 

Por Mirella Lopes, para o site Saibamais.jor.br

 

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CRÍTICA – Triângulo da Tristeza

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Ganhador da Palma de Ouro do Festival de Cannes, Triângulo da Tristeza (Triangle of Sadness) coloca em um plano jocoso a luta de classe e o embate sobre os prazeres e as agruras do capitalismo.

Assim como em Parasita (2019), de Bong Joon-ho, Triângulo da Tristeza utiliza o timing cômico para apresentar uma envolvente e ácida crítica social. Com um currículo de seis filmes impressionantes, o sueco Ruben Östlund, responsável pela direção e roteiro, expõe desta vez uma nova classe de privilegiados, os “influencers”, por meio de diálogos mordazes e situações bem-humoradas.

Em seu filme anterior, The Square – A Arte da Discórdia (2017), igualmente premiado com a Palma de Ouro em Cannes, Östlund já tinha apresentado o seu modo intenso de trabalhar uma crítica a partir de particularidades individuais à esfera coletiva. A comparação com a obra coreana Parasita, não é por acaso. São ambos filmes com proposições políticas e de comando à reflexão, ao mesmo tempo em que se propõem encantar e divertir o público.

Desde a cena inicial, numa sala repleta de modelos masculinos para um teste de casting, Triângulo da Tristeza já ostenta o seu tom de ironia, o qual é exacerbado ao longo das 2h20 de filme. O extenso tempo não é motivo de preocupação, cada minuto é um deleite da criatividade do autor.

Do exemplo mais corriqueiro de glamour e frivolidade, a gente acompanha o casal Yaya (Charlbi Dean) e Carl (Harris Dickinson). Eles são o centro da primeira parte narrativa, dividida em três. O bate-boca entre eles prepara suavemente o terreno para as intempéries seguintes. Vale lembrar que a carreira promissora da sul-africana Charlbi Dean foi precocemente interrompida após uma parada respiratória, em agosto deste ano.

Após um jantar, eles abrem uma longa discussão – sempre jocosa – sobre o pagamento da conta do restaurante. A começar deste gesto trivial, o diretor/roteirista desenrola o debate sobre dinheiro, poder e manipulação.

Depois de um tenso começo, o longa nos leva para um cruzeiro com o jovem casal de modelos e outros passageiros ainda mais exóticos. A mudança de ambiente abre o segundo capítulo da história.

Quem são as pessoas que viajam em um transatlântico? Segundo os critérios burlescos do filme, os “endinheirados” e os “influencers”. Na era do Instagram todo passeio, monumento ou momento extraordinário, no sentido, fora da rotina, torna-se uma pose a ser compartilhada na rede. Nesta disputa, quem mais compartilhar momentos de prazer com um belo filtro, ganha… seguidores.

Entre os passageiros, estão homens que não dispensam a oportunidade de gabar-se de suas posses e mulheres que amam ostentar um controle sobre os outros. Neste cenário, os tripulantes e funcionários do cruzeiro têm apenas uma missão: satisfazer os clientes. Comandados pela chefe de operações, Paula (Vicki Berlin), eles devem sempre concordar com a vontade dos hóspedes e obedecer os seus pedidos mais estapafúrdios.

Dentro deste animado navio, o capitão é um bêbado, esnobe e avesso ao capitalismo do modo mais sonso possível. Inspirado pela tônica burlesca, Woody Harrelson – muito próximo dos seus personagens em Zumbilândia (2009) e Jogos Vorazes (2012) -, intensifica o tom nonsense da vergonhosa mistura de humilhação e esnobismo do enredo.

Por conta da falta de comunicação entre a coordenadora de tripulação e o comandante embriagado, o jantar do capitão ocorreu em um dia de tormenta marítima. Dali, é provocado as cenas mais hilariantes do filme, um show de vômitos e diarreia. Algo que todos os seres humanos, sejam eles faxineiros ou proprietários de terras, estão sujeitos a passar.

Neste pé de igualdade, a noite de tempestade é permeada por discussões ébrias – e sempre chistosas – entre um russo capitalista e um estadunidense marxista, e termina numa explosão. O acontecimento é tão engraçado quanto todas as situações anteriores e nos leva à terceira parte do filme: o embate final.

Numa ilha deserta, quem sobrevive é quem sabe caçar a comida e acender o fogo. Desse modo, a faxineira do navio Abigail (vivida pela filipina Dolly De Leon) toma partido dos seus conhecimentos sobre outros sobreviventes. Assim, toda a dinâmica de poder, sedução, autoridade discutidas desde da cena de casting e do jantar entre os namorados é entrelaçada.

Como o Triângulo da Tristeza conquistou o júri de Cannes? Assim como em Força Maior (2014) e The Square (2017), Ruben Östlund cria uma sátira político-social naturalmente engraçada e impactante. Em outras palavras, o diretor coloca o dedo nas nossas feridas sociais, mas como uma farsa, assim o processo catártico não é dolorido.

 

 

Por Letícia Alassë, para o site Cinepop.

 

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“E.T. – O Extraterrestre” clássico de Steven Spielberg retorna aos cinemas em comemoração aos 40 anos de sua estreia.

Dirigido por Steven Spielberg, o filme se tornou um fenômeno e foi responsável por uma das maiores bilheterias da história nos anos 1980.

Considerado um dos clássicos do cinema mundial por sua geração, E.T. O Extraterrestre celebra 40 anos neste ano de 2022, o longa produzido e dirigido por Steven Spielberg, foi escrito por Melissa Mathison, e amplamente aclamado pela crítica por sua história atemporal de amizade, sendo considerado o maior filme de ficção científica já feito, em uma pesquisa feita na internet.

Além de ter sido selecionado para preservação no National Film Registry, em que foi considerado culturalmente, historicamente e esteticamente significativo, sendo relançado em 1985 e novamente em 2002 para comemorar seu vigésimo aniversário com fotografia alterada e cenas adicionais. O filme superou até mesmo Star Wars e Jurassic Park, e acabou se tornando a maior bilheteria de todos os tempos.

Com uma trama baseada em um amigo imaginário, em que Spielberg criou após o divórcio de seus pais na década 1960, onde ele conheceu Mathison e juntos começaram a desenvolver a história do projeto de ficção científica Night Skies, mas foi com o E.T. O Extraterrestre, que ganhou notoriedade no meio cinematográfico, tornando-se um blockbuster de imediato.

O filme é estrelado por Henry Thomas, Dee Wallace, Peter Coyote, Robert MacNaughton, Drew Barrymore e Pat Welsh, e apresenta a história de Elliott, um menino que faz amizade com um extraterrestre, apelidado de “E.T”, que está preso na Terra; Elliott e seus irmãos ajudam o ET a retornar ao seu planeta natal enquanto tentam mantê-lo escondido do governo.

O menino faz amizade com o extraterrestre perdido no nosso planeta e esse forte elo que surge entre ambos faz com que o humano lute com todas as suas forças para o alienígena não ser capturado e voltar para casa.

Os fãs do longa poderão conferir a obra dirigida pelo estrelado cineasta Steven Spielberg, lançada em 1982, considerada uma das mais significantes da história do cinema.

As comemorações do longa começaram no Festival de Cinema do Rio, com o longa sendo exibido em uma sessão para convidados, em um clima de nostalgia e festa.

Por Priscila Visconti, para o site O Barquinho Cultural.

 

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EM EXIBIÇÃO

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Após estreia no Festival do Rio na primeira quinzena do mês, o documentário PALCO DE LUTA chega às telonas do cinema. A partir desta terça (25), sempre às 18h30, o longa estará em exibição no Cine Cultura, no Shopping Liberty Mall, contando a história de lutas de uma das mais importantes entidades representativas de trabalhadores do país. A entrada é franca – o ingresso pode ser retirado na bilheteria do cinema.

Em cartaz até o dia 9 de novembro, o documentário, que é uma realização do Sindicato dos Bancários de Brasília com apoio da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) e produção da Pavirada Filmes, confirma a importância da entidade para a classe trabalhadora e a relevância de suas contribuições para a capital federal.

Dirigido pelo premiado cineasta brasiliense Iberê Carvalho, o filme faz uma viagem de volta ao passado com depoimentos de grandes personagens da história do Sindicato. A pré-estreia ocorreu em Brasília no dia 23 de abril, com direito a tapete vermelho, coquetel, apresentação da Orquestra Marafreboi e Lucélia Santos como mestre de cerimônias.

Selecionado para o Festival do Rio, uma das maiores mostras do audiovisual do país, compôs a programação nacional na Première Brasil, figurando entre as mais de 70 obras selecionadas pela curadoria, dentro da mostra ‘O Estado das Coisas’.

Segundo Iberê, o filme possui uma narrativa que não se restringe apenas à prateleira do Sindicato, mas é também um recorte que comprova que a única alternativa de avanços para a categoria se dá através da luta coletiva da classe trabalhadora.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Kleytton Morais, afirma que “a estreia na tela do cinema democratiza e amplifica ainda mais a intenção inicial. É preciso contar a história dos trabalhadores. Seu protagonismo, a partir do ponto de vista dos interesses da classe trabalhadora”.

Da Redação.

 

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Marte Um: Filme do Oscar 2023 é triste conto sobre o Brasil real

Escolhido para representar o Brasil no Oscar 2023, Marte Um é um dos grandes títulos do ano. Apesar de estrear sem alarde no circuito nacional, o longa dirigido pelo mineiro Gabriel Martins ganhou força e acabou selecionado para disputar uma vaga no maior prêmio do cinema mundial.

Sem grandes astros, Marte Um comove pela simplicidade. A história de uma família pobre da periferia de Belo Horizonte é retratada como um conto sensível, mas triste sobre a realidade da população menos favorecida economicamente.

A trama tem início logo após a vitória de Jair Bolsonaro na corrida pela presidência do país, em 2018. Na época, o Brasil já enfrentava uma grave crise econômica que afetou principalmente os mais pobres. Nesta realidade tão dura, o jovem Deivinho (Cícero Lucas), caçula da família Martins, sonha em ser astrofísico e participar de uma missão que em 2030 irá colonizar Marte.

Patriarca da família, Wellington (Carlos Francisco) é porteiro de um prédio de luxo que se orgulha de estar há quatro anos sóbrio. Carinhoso e trabalhador, ele vê no talento de Deivinho para o futebol a grande oportunidade para mudar a vida de todos. A mãe, Tércia (Rejane Faria), diarista que sofre para encontrar novos trabalhos, acredita estar sofrendo de uma maldição na qual tudo dá errado para ela.

À primeira vista, Marte Um não reinventa a roda ou quebra regras de um filme do gênero. Drama dos mais simples, o longa comove sem exageros, mostrando a evolução na jornada dos Martins dentro de sua própria e comum realidade. Para aqueles que vivem longe da bolha da classe média, ela pode ser muito mais dolorosa do que imaginam.

Por retratar a história de uma família negra da periferia, Marte Um expõe os problemas do pais de maneiras sutis. Enquanto a eleição de Bolsonaro parecia resgatar a esperança de parcela da população, a realidade da família Martins mostra que pouco mudou para os menos favorecidos. Pelo contrário: as dificuldades enfrentadas por Wellington e Tércia em seus empregos revelam um Brasil amargo e duro de encarar.

Por retratar a história de uma família negra da periferia, Marte Um expõe os problemas do pais de maneiras sutis. Enquanto a eleição de Bolsonaro parecia resgatar a esperança de parcela da população, a realidade da família Martins mostra que pouco mudou para os menos favorecidos. Pelo contrário: as dificuldades enfrentadas por Wellington e Tércia em seus empregos revelam um Brasil amargo e duro de encarar.

Por André Zuliani, para o Tangerina.

 

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