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DOUTOR ESTRANHO NO MULTIVERSO DA LOUCURA

O Multiverso foi aberto e expande seus limites para mais longe do que nunca. Embarque em uma viagem para o desconhecido com o Doutor Estranho que, com a ajuda de aliados místicos antigos e novos, atravessa as perigosas realidades alternativas e alucinantes do Multiverso para enfrentar um novo adversário misterioso.

Elenco: Benedict Cumberbatch, Chiwetel Ejiofor, Elizabeth Olsen, Benedict Wong, Xochitl Gomez, Michael Stühlbarg, Rachel McAdams
Direção: Sam Raimi
Produção: Kevin Feige
Gênero: Ação, Fantasia, Terror

 

 

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Medida Provisória é o primeiro longa de ficção de Lázaro Ramos. O filme, que tem como protagonistas Taís Araujo, Alfred Enoch e Seu Jorge, conta ainda com um grande elenco de 77 atores, entre eles Adriana Esteves, Renata Sorrah, Mariana Xavier, Emicida, Flávio Bauraqui e Paulo Chun. O enredo se passa num futuro distópico em que o governo brasileiro decreta uma medida que obriga os cidadãos negros a voltarem à África como forma de reparar os tempos de escravidão – a partir desse conflito e da história de amor vivida pelos personagens de Taís e Alfred, o filme debate questões sociais e mistura humor, drama e thriller.

Selecionado para SXSW 2020

O que vocês vão encontrar no Medida Provisória: https://www.youtube.com/watch?v=k6GSIq7kMPY

_Medida Provisória 
Direção: Lázaro Ramos
Produção: Lereby Produções e Lata Filmes
Coprodução: Globo Filmes
Elenco: Alfred Enoch, Taís Araujo, Seu Jorge, Adriana Esteves, Renata Sorrah, Mariana Xavier, Flavio Bauraqui
Participação especial: Emicida
Direção musical: Rincon Sapiência

Baseado na peça “Namíbia, Não!“, de Aldri Anunciação

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Entre distanciamentos sociais e aproximações românticas

“Se você quer olhar dentro do coração de alguém, então sua única opção é olhar profundamente para dentro de si”, diz Takatsuki para Kufuku. Em uma época de distanciamento social e perda, é difícil falar sobre Drive My Car. Não pelo conteúdo pesado de seus diálogos ou por ser mais uma adaptação de uma obra de Haruki Murakami, mas por ser sincero.

Em três anos de pandemia, perdemos muito. Entes queridos, oportunidades, tempo. Contando os minutos, horas e dias, fomos nos alongando em um constante luto. E ele parece interminável. Sem conclusão, ficamos aqui, flutuando no tempo e espaço, esperando um encerramento de ciclo. Mas como encerrar essas sensações? Como deixar os relacionamentos para trás? Os falecimentos? As mudanças? Ou melhor, o que permaneceu igual e estagnado?

Pelo olhar de Ryusuke Hamaguchi somos puxados por tantas questões e nenhuma resposta. Kufuku, que viveu na sombra de casos extraconjugais mantidos por sua esposa Oto, termina sua jornada sem conseguir responder qualquer uma das questões que lhe afligiam. A sua única certeza é que, em algum momento, vai ficar tudo bem. Precisa ficar tudo bem.

Isso porque mesmo cercado de destroços, ainda há a possibilidade de se reerguer e encontrar algum caminho. Diferente do conto de Haruki, que é situado em Tóquio, o longa é ambientado em Hiroshima. Atravessamos, com os personagens, ruas calmas e monumentos de paz, que tentam preservar as memórias assombrosas das bombas atômicas, mas também dar a sensação de encerramento. De que, de alguma forma, ficou tudo bem.

Mas, mais difícil do que se livrar dos escombros, é lidar com a culpa do sobrevivente. Com uma narrativa bem similar a de Acima das Nuvens, filme protagonizado por Juliette Binoche e Kristen Stewart, o espectador cai na mente dos personagens através de conversas densas. A partir disso, tentamos compreender o que move e machuca essas pessoas tão singulares, suas perdas e como lidam, ou não, com elas.

É angustiante como nada parece acontecer na tela, mas é uma jornada necessária para compreender o que não é dito. Curiosamente, às vezes, é repetitivo. Ao separar o filme em trabalho teatral e realidade, muitas questões permanecem de forma insistente na tela. Mas há um cuidado para que não aconteça das quase três horas de filme se tornarem cansativas.

Pelo contrário, esperamos por respostas tanto quanto o protagonista. Tentamos encontrar alguma coisa que nos acalenta, que nos ajude a superar também. Também estamos de luto. Também estamos perseverando. Assim como o Tio Vânia da peça, estamos sofrendo, tentando sair desse poço sem fundo que se tornou a pandemia. Mesmo com seu final otimista, é curioso pensar que não há receita de bolo.

Não há um jeito certo para seguir em frente. Leva tempo. Como as viagens de carro e as fitas com os ensaios de Kafuku. Elas levam tempo para serem feitas, mas também para serem memorizadas. Nada é de uma hora para outra. Nada é instantâneo. Muito menos Drive My Car. Um filme que consegue dizer muito mais do que já diz.

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_Fonte:
Junno Sena
Legião dos Heróis

CRÍTICA da SEMANA

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Se tem uma coisa que sempre me impressiona no cinema de Paul Thomas Anderson – PTA para os íntimos – não é a regularidade da sua filmografia, característica que é bem comum dos grandes cineastas. Chama-me atenção sim o ótimo poder emocional que ele tem em narrar histórias intimistas que abordam amor, solidão e redenção dentro das jornadas cinematográficas a que se propõe oferecer aos seus personagens, os tirando das zonas de conforto juntamente com o espectador que acompanha do outro lado da tela.

Licorice Pizza reúne estas características acima citadas, para contar pela terceira vez, uma história de amor na carreira do diretor. Passado nos anos 1970, temos a relação entre Gary (Cooper Hoffman), que apesar da pouca idade – 15 anos – já é um adolescente prodígio, ator de uma série televisiva, empreendedor precoce do mundo dos negócios e que acaba se apaixonando à primeira vista por Alana (Alana Haim, cantora da banda pop Haim em sua estreia nos cinemas), uma jovem adulta judia de 25 anos, indecisa, mas que sonha ser atriz. A diferença de idades não impede de eles estabelecerem uma atração platônica e volátil no Vale de São Fernando, subúrbio de Los Angeles.

Nota-se neste novo trabalho que o cineasta faz um filme claramente autobiográfico e pessoal – as escolhas de Cooper, filho do saudoso e inesquecível Philip Seymour Hoffman, ator que mais trabalhou com o cineasta e Alana, cuja banda Anderson dirigiu vários clipes, são indicativos disso – que mergulha no subúrbio americano californiano dos anos 1970 para falar sobre a docilidade juvenil e sua delicadeza, a partir dos encontros e desencontros que Gary e Alana tem durante as suas trajetórias de vida.

CORRER COMO ATO APAIXONADO

PTA já na primeira cena do filme – com o seu habitual plano-sequência – deixa claro que estamos diante de um filme romântico, cuja câmera capta o espírito gracioso da dupla protagonista, além de traduzir a atmosfera minuciosa na sua estranheza visual, narrativa e na elaboração dos personagens. Aqui, a descoberta do amor e o quanto ele é um facilitador no processo de autoconhecimento na relação entre Gary e Alana, ajuda ambos a romperem os bloqueios emocionais e assim se relacionarem de uma maneira madura entre eles, com o mundo e nas relações a sua volta.

Em Licorice Pizza, passar o tempo em movimento é uma forma de conhecer profundamente a pessoa que se ama, o que explica o casal estar sempre correndo durante o filme, talvez em busca de algo, talvez em fuga deles mesmos, talvez em experimentar a mesma sensação de conexão do primeiro encontro. Por mais que os caminhos do casal se desenlacem, eles sempre estarão a espera um do outro, afinal o verdadeiro amor adolescente não é isso? Do medo natural ao prazer que a juventude proporciona, das reações espontâneas nas experiências de primeira viagem que contribuem na jornada de amadurecimento, da inocência na descoberta do primeiro amor e os sentimentos e laços que percorrem a relação à dois na busca pela segurança afetiva.

São dentro destas temáticas, fatiadas em formato de pizza e fermentadas para impulsionar a sua narrativa episódica, que PTA revela urgência e o arrebatamento dos impulsos juvenis de Gary e Alana como se os dois corressem desenfreadamente para não deixarem a paixão e o medo proveniente dela, escapassem de suas mãos. A alegoria do “correr” nada é mais do que uma necessidade de viver a paixão na sua intensidade.

O sentimento saudosista que o diretor impõe neste coming of age de descobertas ajuda a costurar homenagens ao cinema clássico romântico com diversas referências a filmes, atores, séries e situações ao mundo hollywoodiano era do auge da Nova Hollywood – a participação dos grandes Tom Waits e Sean Penn, este uma espécie de personagem paródia de William Holden, escancaram este olhar cínico do cineasta em torno desta época – e até mesmo em pincelar memórias nostálgicas para pontuar as conversas reminiscentes e puramente românticas entre eles. É como se todo o filme fosse formado por pequenos contos que navegam por situações prosaicas, surreais e que se valem do humor absurdo e do romance peculiar bem especial na sua maneira de falar sobre um período cinematográfico mágico no imaginário cinéfilo.

A ENCANTADORA QUÍMICA DE ALANA E COOPER

Gosto ainda da forma que Anderson dimensiona as personalidades do casal, com a ousadia e inovação de Gary nos negócios sendo uma alegoria sobre sucesso do movimento da Nova Hollywood e do empreendedorismo capitalista americano. Já Alana retrata o naturalismo da descoberta e da vocação, lidando com um mundo masculino que praticamente a deseja e a descarta em relação aos desejos, uma representação complexa sobre a arte mais genuína e autoral dentro do cinema.

Essas sensações só são possíveis porque Cooper Hoffman e Alana Haim defendem com excelência seus personagens. O primeiro traz a confiança – herdou isso do gene do pai – o charme e a inocência de Gary ao mesmo tempo que mostra uma intepretação sólida em expor a mentalidade de um homem de 40 anos do seu personagem, indo do menino ao homem com uma grande naturalidade.

Ela empresta não apenas seu nome e sua família na constituição do elenco, como também irradia sua personagem com uma força de carisma e sarcasmo, sempre utilizando sua beleza não-convencional para magnetizar o público, facilitada pela fotografia de Michael Bauman que utiliza rompantes de luz solar invadindo a tela e reiterando o brilho dela.

PEQUENOS EXCESSOS

Apesar destas ótimas qualidades, é perceptível que Licorice Pizza não é tão sólido como os outros filmes de Anderson. Ainda que siga uma direção particular de intimidade com seus atores e personagens, há uma vasta coleção de personagens secundários e subtramas que acrescentam muito pouco a trama principal do filme.

Diferente do que aconteceu em Boogie Nights e Magnólia onde os subenredos se faziam muito presente e dava sustância a história principal, em Licorice Pizza temos situações e pessoas que aparecem do nada para depois sumirem, sem deixar saudades ou darem relevância a trama amorosa. Exemplo disso é todo o manual de pequeno empreendedor de Gary que se torna um porre e deixa o filme sem foco e tedioso em certos momentos. Até mesmo a minha cena favorita no filme, a do caminhão sem gasolina que conta com uma ponta inspiradíssima de Bradley Cooper, em versão psicopata com ácido, seria ainda melhor se mais bem contextualizada.

Que fique claro: o filme tem instantes lindos tipo a cena das carteirinhas e outros divertidíssimos como a entrevista na agência de atores, além de recriar o subúrbio californiano com uma trilha esplendorosa – o que falar de Gary correndo entre os carros ao som “Life of Mars” de David Bowie, enquanto temos uma dimensão de fim de mundo causado pela crise do petróleo. Isso não tira a sensação de um filme torto com bons momentos, onde o talento de Anderson de contar grandes histórias se perde em algumas das suas vaidades.

Isso não impede Licorice Pizza de ser uma bela experiência sensorial imersiva, que dentro da sua história amorosa, traz uma mensagem bacana que as sementes do amor ajudam a florescer no amadurecimento juvenil um mundo melhor para nos relacionarmos. Paul Thomas Anderson, sem grandes pirotecnias, faz a arte cinematográfica tocar fundo em nossos corações.

 

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_Fonte:
Danilo Areosa
Cineset

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Hong Sang-soo é um cineasta de poucas palavras. Dono de um cinema que não se preocupa em se igualar às linguagens mais utilizadas mundo afora, seu domínio da Sétima Arte é visível em apenas uma das cenas deste “A Mulher que Fugiu”: em um jantar em um dia qualquer, duas mulheres conversam sobre amenidades, e transformam suas vidas em um espetáculo que vai muito além do que a câmera móvel captaria. No plano fixo, os detalhes estão por trás dos suspiros, dos trejeitos com a boca, do posicionamento das mãos.

À primeira vista, o filme é um convite ao espectador mais acelerado se entediar em cinco minutos, mas, por conta do talento do cineasta, responsável pelo roteiro e, definitivamente, pelas simbologias por trás de tantos encontros, é bem provável que se sinta preso sem saber ao certo o porquê. É simples, como tudo o que o cineasta constrói. As cenas são intrigantes porque grande parte de seus significados está por trás, está naquilo que está sendo apontado, apreciado, observado e analisado – e jamais mostrado. Com isso, o cineasta brinca com a curiosidade da rotina, com o significado das amenidades de pequenos momentos que poderiam acontecer com qualquer pessoa.

Assim, Gam-hee (Kim Min-hee) é a peça-chave que interliga todos os significados. A protagonista vai de um lugar a outro, apenas para bater um papo, viver sua vida, matar a saudade ou se alimentar. Não há grandes acontecimentos, assim como não há câmeras transitando para cima e para baixo, explorando todas as vertentes da linguagem cinematográfica. E o resultado disso é uma aula de cinema, porque Sang-hoo é habilíssimo em explorar cada tomada em seu máximo potencial. Em uma cena na qual a conversa ocorre à mesa, com um bloco de notas aqui, vaso cuja planta está acomodada acolá, e nada parece influenciar o cenário, na verdade, faz com que o espectador preste atenção à janela, cuja paisagem magnífica serve de contraste ao papo banal. Com um zoom, o diretor move quem assiste ao filme de um ponto a outro da narrativa, sem precisar de nada a mais para que isso aconteça.

Por sua vez, Gam-hee parece sentir o poder da aleatoriedade de seus gestos, como se soubesse do impacto sutil que causa às pessoas. É como se ela fosse uma peça motora, e despertasse para a ação, qualquer que seja, objetos inanimados que se transformam em humanos. Como se estivessem em um jogo de simulação de realidade, e precisassem de estímulo do jogador para efetuar suas tarefas. O mais interessante, porém, é a brincadeira trazida pelo nome do longa, pois se trata da mãe da vizinha da amiga da protagonista: eis a mulher que fugiu.

Com planos fixos e longos, o diretor permite que seu roteiro surta o efeito através das ações, e as palavras cumprem a função de preencher essas lacunas de maneira nada expositiva. O efeito disso é o retrato de realidades simples, entremeadas por uma mulher brilhantemente escrita, tão complexa quanto as verdades que profere – e que nem todas são acreditadas pelo espectador, aliás. Com isso, se por um lado é intrigante experienciar o que o cineasta deixou escondido do plano, e que protagoniza as diversas cenas apenas pelas ações de seus personagens, por outro a personagem principal faz com que as dúvidas se tornem ainda maiores.

No final das contas, é como se Gam-hee fosse a vizinha, a amiga ou a prima de todas as outras personagens, e que se embrenhasse sem que estas percebessem a naturalidade com que provoca o despertar de certos assuntos. Ao mesmo tempo, Gam-hee não é construída como alguém misteriosa, e sim como um tijolo essencial para pavimentar aquelas realidades. E tudo isso é feito pela excepcional fotografia, que transforma os planos fixos em verdadeiras metamorfoses. Tudo acontece enquanto nada parece acontecer, e o despertar que isso provoca no espectador está nos primórdios do cinema.

Hoje, porém, com toda a técnica desenvolvida e tecnologia disponível, Hong Sang-soo é o tipo de cineasta que mostra ao mundo como construir um trabalho excepcional, sobre a vida, as amenidades e a importância que têm para preencher o tempo de cada pessoa. Com o talento de Kim Min-hee, que se permite tornar-se complexa à medida que o tempo de tela sugere que isso aconteça, não é à toa que o resultado seja essa construção constante e latente do que é, de fato, excepcional na vida.

 

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_Fonte:
Denis Le Senechal Klimiuc
@rapadura

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Guillermo del Toro escalou um elenco fino para estrelar seu novo longa, “O Beco do pesadelo”. Ele tinha a difícil missão de readaptar um clássico underground da literatura americana que se tornou um excelente filme noir em 1947.

Embora peque um pouco no ritmo, lento no começo, o diretor mexicano entrega uma obra elegante e atormentadora sobre moral e a psique humana.

Del Toro cria um thriller noir sanguinário com sua assinatura fantástica ambientada na sujeira e no encantamento dos circos antigos americanos. O mundo vive o caos da Segunda Guerra Mundial, e os Estados Unidos, apreensão e contenção.

O filme, baseado na obra “O Beco das ilusões perdidas”, publicada em 1946 pelo autor William Lindsay Gresham, segue o misterioso Stan Carlisle (Bradley Cooper). Ninguém sabe de onde ou a que veio, mas sabemos que ele precisa passar uma borracha no passado e deixar a poeira baixar enquanto luta por alguns trocados.

Ele ganha um emprego de faz tudo no circo de Clem, interpretado brilhantemente por Willem Dafoe. A ambientação do picadeiro decadente criado por Gresham e adaptado por del Toro é interessante e guarda truques que revelam o pior do ser humano.

O mais grotesco deles é a atração “Selvagem”: dezenas de pessoas pagam seus últimos centavos para ver um homem sujo e despido de qualquer humanidade matar, estraçalhar e devorar com a boca animais vivos. Mais desumano ainda é ver como Clem arma a armadilha perfeita para atrair bêbados, andarilhos e pessoas sem esperança para esse show de horrores.

Stan é esperto e ambicioso e começa a subir degraus na hierarquia circense. Logo se torna ajudante de Zeena (Toni Collette) e Pete (David Strathairn) em um número de mentalismo.

Stan descobre que o casal desenvolveu um sistema de códigos para ler os segredos de qualquer pessoa, a la Sherlock Holmes, e já ganhou rios de dinheiro com o truque no passado. Quando Pete morre, Stan herda seu código de ouro e convence a inocente Molly (Rooney Mara) a deixar o circo e ir com ele para a cidade grande atrás de grana e glória com uma versão melhorada do número antigo.

A partir daí tem início a segunda etapa do filme, com um ritmo muito melhor que a anterior. Na cidade, Stan conhece a psiquiatra Lilith (Cate Blanchett), rica, cética e amiga dos poderosos. Ela topa ajudar o charlatão a ser uma espécie de mentalista mediúnico para os figurões mais importantes da cidade a troco de analisá-lo sem que ele pestaneje.

A história de 2h30 sobrepõe peças de horror, romance, policial, melodrama e jogo psicológico para chegar a um quebra-cabeças final surpreendente e extremamente bem amarrado sobre nossos fantasmas, medos e erros passados que insistem em nos assombrar.

Del Toro alterna do luxo à decadência com uma técnica impecável e nos convida para uma viagem pelo submundo dos circos e espetáculos, mas também para as arestas mais intrincadas da mente.

 

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_Fonte:
Thaís Matos, via G1.

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O Festival do Amor, novo filme de Woody Allen, chega aos cinemas do Brasil com nomes conhecidos de Hollywood. Mas, duas aparições devem surpreender o público: Enrique Arce, do sucesso da Netflix La Casa de Papel, também está na produção, bem como Georgina Amorós, de Elite.

O ator de La Casa de Papel é mais conhecido como o Arturo. De personagem odiado na série da Netflix, o intérprete, por outro lado, está caindo nas graças de outros diretores.
Além de O Festival do Amor, dirigido por Woody Allen, o ator espanhol também estará em Mistério no Mediterrâneo 2. A continuação da comédia, também da Netflix, é estrelada por Adam Sandler e Jennifer Aniston.

Enquanto isso, Georgina Amorós é mais conhecida por ser a Cayetana de Elite, outro sucesso da Netflix. Neste filme do aclamado diretor, a atriz aparece como Dolores.

Já Enrique Arce aparece no papel de Tomás Lopez em O Festival do Amor. O ator de La Casa de Papel faz parte da história focada no casal formado pelos atores Wallace Shawn (Young Sheldon) e Gina Gershon (Riverdale).

O elenco principal do filme de Woody Allen tem ainda Louis Garrel (Adoráveis Mulheres) e Christoph Waltz (007: Sem Tempo Para Morrer). Outros nomes do filme são os de Michael Garvey (Mulher-Maravilha 1984), Elena Anaya (A Pele Que Habito), Sergi López (O Labirinto do Fauno) e Tammy Blanchard (Caminhos da Floresta).

O Festival do Amor é uma comédia que gira em torno de Mort Rifkin (Wallace Shawn) e sua esposa, Sue (Gina Gershon), que trabalha como assessora de diretores de cinema. Eles viajam para a Espanha para acompanhar o Festival de San Sebastián e, após deixarem-se envolver pelo charme e magia da cidade, Mort passa a desconfiar que Sue pode estar tendo um caso com um atraente diretor francês (Louis Garrel).

O 50º longa da carreira do diretor, que tem o roteiro também assinado por ele, homenageia suas maiores inspirações e relembra obras de grandes cineastas europeus, como Jean-Luc Godard, François Truffaut, Federico Fellini, Ingmar Bergman e Luis Buñuel. O filme foi rodado na cidade espanhola de San Sebastián, que sedia um dos principais festivais de cinema na Europa.

“Eu já estive no Festival de San Sebastián e me lembrei de como a cidade é linda, então decidi escrever uma história que se passasse lá”, contou Woody Allen sobre a escolha do cenário do filme.

O Festival do Amor está em cartaz aqui no Cine Culyura. Já Elite e La Casa de Papel seguem na Netflix.

 

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_Fonte:
Bruno Tomé
via Observatório de Cinema.

O evento exibe longas recentes de diretores como François Ozon, Emmanuelle Bercot, Xavier Gianolli, Albert Dupontel e Julia Ducournau. Delegação  francesa participa de debates com o público em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Confira os filmes e horários de exibição no Cine Cultura Liberty Mall: AQUI .

Consolidado como o maior evento de filmes franceses  fora da França e somando mais de um milhão de espectadores em todo país desde sua criação, o Festival Varilux de Cinema Francês chega a 12ª edição com exibição somente nos cinemas  entre 25 de novembro e 8 de dezembro. Drama, romance, comédia, animação e documentário  integram a programação composta por dois clássicos e 17 longas-metragens inéditos e  recentes, entre premiados e participantes de festivais internacionais. Rio de Janeiro e São Paulo  recebem ainda uma mostra com quatro filmes em homenagem a Jean-Paul Belmondo, ícone do  cinema mundial falecido em setembro último, e delegação artística que vai debater com o  público. 

Estamos felizes em poder realizar o festival novamente este ano, com maior segurança, com a  pandemia estabilizada e os eventos culturais retornando em todos as cidades”, comemora  Christian Boudier, codiretor e cocurador do festival. “Para nós, que em todos esses anos  trabalhamos levando a cinematografia francesa para o público de cidades de todos os tamanhos e lugares do país, é muito gratificante voltar a oferecer cultura”, completa Emmanuelle  Boudier, também codiretora e cocuradora do evento. 

Os 17 longas-metragens inéditos nos cinemas formam uma seleção com gêneros e temáticas variadas, estreladas por astros e jovens talentos, além de diretores novos e consagrados. Na  programação estão obras premiadas e participantes de festivais como Cannes, Toronto, Veneza  e San Sebastian. François Ozon (Está Tudo Bem), presença recorrente no Varilux; Xavier  Giannoli (Ilusões Perdidas); Emmanuelle Bercot (Enquanto Vivo); Laurent Cantet (@Arthur  Rambo – Ódio nas Redes); Albert Dupontel (Adeus, Idiotas); Julia Ducournau (Titane) e Jacques Audaiard (Paris, 13 Distrito) são alguns dos diretores desta edição. Astros e estrelas como  Catherine Deneuve, Sophie Marceau, Virginie Efira, Jérémie Renier, Pierre Niney, Pio  Marmai e jovens nomes como Noémie Merlant, Benjamin Voisin, Sami Outalbali e Rabah Naït também estarão presentes com seus últimos filmes. 

Como em outros anos, uma delegação francesa estará em São Paulo e no Rio de Janeiro para  apresentar seus filmes e conversar com o público em sessões com debate. Pela segunda vez no  Brasil, Philippe Le Guay, diretor de Um intruso no porão, é um dos convidados desta edição.  Com mais de 27 anos de carreira como ator, roteirista e diretor, esteve no país em 2016 para  apresentar “A viagem de meu pai”, exibido no festival. 

O ator Sami Outalbali vem para falar de Um Conto de Amor e Desejo, premiado segundo filme  da diretora Leyla Bouzid. O longa, exibido na Semana da Crítica em Cannes, foi escolhido melhor  filme e melhor ator no Festival de Cinema Francófono de Angoulême. Sami é conhecido ainda por sua participação em “Sex Education”; da Netflix. 

Conhecido por sua atuação em Verão 89, de Ozon, exibido no ano passado no Varilux, o ator  Benjamin Voisin vai apresentar Ilusões perdidas, drama inspirado no romance homônimo de  Honoré de Balzac e dirigido por Xavier Giannoli. O ator já contracenou com nomes como Gerard  Depardieu e Catherine Deneuve. Por “Verão 89” (de Ozon) recebeu o Prêmio Lumière de Melhor  Revelação e concorreu ao César de Melhor Ator Promissor Masculino. 

Com mais de 70 participações em produções variadas com diretores consagrados, entre eles Luc  Besson, Olivier Rabourdin estará no Brasil para falar de Caixa Preta, seu mais novo longa. Já  marcou presença no Varilux com filmes como “A última loucura de Clarie Darling” e “O poder de  Diana” 

Além dos filmes, a edição volta a promover o Laboratório Franco-Brasileiro de Roteiros sob a  coordenação de François Sauvagnargues – especialista de ficção e diretor geral do FIPA (Festival  Internacional de Programação Audiovisual). Com inscrições prévias, a atividade será entre os  dias 22 e 26 de novembro, no Rio de Janeiro. 

O Festival Varilux de Cinema Francês é realizado pela produtora Bonfilm e tem como  patrocinador principal a Essilor/Varilux, além do Ministério do Turismo, Secretaria especial da  Cultura, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Cultura e Economia Criativa e a  Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura. Outros parceiros  importantes são as unidades das Alianças Francesas em todo Brasil; a Embaixada da França no  Brasil; as empresas Club Med, Air France, Fairmont e Ingresso.com; as distribuidoras dos filmes  desta edição Bonfilm, California Filmes, Mares Filmes, PlayArte, Synapse e Vitrine Filmes; e os  exibidores de cinema independente/de arte e as grandes redes de cinema comercial

 

A SELEÇÃO 

Drama, romance, comédia, animação e documentário integram a programação. Exceto Titane, Julia Ducournau, exibido em recente festival paulista, todos os filmes chegam ao Brasil através  do Festival Varilux. Presença constante do festival, François Ozon traz sua mais nova obra, “Está Tudo Bem”, que integrou a seleção oficial da última edição de Cannes. O longa-metragem  discute a eutanásia e o suicídio assistido quando um homem, em uma cama de hospital, pede  ajuda de sua filha para morrer. Ainda sobre a temática da finitude, uma das mais aclamadas  atrizes do cinema francês, Catherine Deneuve, brilha no filme “Enquanto Vivo”, sob a direção  de Emmanuelle Bercot. No drama, ela interpreta uma mãe diante do insuportável: a doença  incurável do filho.  

Protagonizado por Rabah Naït Oufella, o drama “@Arthur Rambo – Ódio nas Redes” é dirigido  por Laurent Cantet, conhecido por usar suas obras para debater temas atuais da sociedade. Com  a produção, o diretor discute o uso das redes sociais e os julgamentos no mundo digital.  Integrante da seleção oficial das edições 2021 do Festival Internacional de Cinema de Toronto  IFF 2021 e do San Sebastian, o filme conta ainda com Sofian Khammes, Antoine Reinartz no  elenco principal. Documental, “Nosso Planeta, Nosso Legado” é a mais recente produção do  diretor Yann Arthus-Bertrand, fotógrafo que se tornou cineasta e já realizou produções  memoráveis como Home: nosso planeta, nossa casa. Nesta nova produção, ele compartilha a  visão sensível e radical do mundo atual, além de revelar um planeta sofredor e uma humanidade  desorientada.  

Já o drama “Ilusões Perdidas” traz no elenco principal os atores Benjamim Voisin, Cécile de  France e Vincent Lacoste. Inspirado no romance homônimo de Honoré de Balzac e dirigido por  Xavier Giannoli, o filme é ambientado no século XIX em que Lucien, um jovem poeta  desconhecido ávido por abrir caminho na vida, deixa sua cidade natal para tentar a sorte em  Paris. A produção foi indicada ao Leão de Ouro, além de outras duas categorias no Festival de  Veneza.  

As comédias também estão presentes na programação. Um dos destaques é “Adeus Idiotas”, escrita, dirigida e interpretada por Albert Dupontel. O longa-metragem ganhou sete Prêmios  César – concorreu a 12 – e já foi visto por mais de um milhão de espectadores na França. No  elenco estão Virginie Efira e Nicolas Marié que, junto com Albert Dupontel, embarcam em uma  missão tão espectacular quanto improvável, quando Suze Trappet que descobre, aos 43 anos,  que está seriamente doente. “Pequena lição de amor”, de Eve Deboise, mostra seus  protagonistas numa jornada por Paris por causa de uma inquietante carta de amor. “Mentes  Extraordinárias”, codirigida por Bernard Campan e Alexandre Jollien, atores que também  assinam a direção do longa – conta a história de duas pessoas que se dirigem para o sul da França  num carro funerário. Integrante da seleção oficial de Cannes e codirigida por Arnaud e Jean  Marie Larrieu, a comédia musical “Tralala” acompanha um cantor de ruas de Paris que,  milagrosamente, se reinventa na cidade de Lourdes. 

Uma das mais consagradas animadoras do mundo, com obras e personagens cheias de intensidade  dramática, a diretora francesa Florence Miaihe marca presença no evento com o longa metragem de animação “A Travessia”, que ganhou Menção do Júri do Festival Internacional de Filmes de Animação de Annecy. O veterano Jacques Audiard apresenta sua última produção “Paris, 13 Distrito”, que mira em três personagens jovens na busca de seus caminhos.  

Em “Um Intruso no Porão”, de Philippe Le Guay, um dos mais populares e queridos entre os  atores franceses, François Cluzet, que esteja no festival com o sucesso “Intocáveis”, vive um  homem de passado conturbado, que transforma a vida de um casal ao comprar um porão de um  imóvel na cidade de Paris. O thriller psicológico “Caixa Preta”, de Yann Gozlan, conquistou o  Prêmio do Público no 38º Festival Reims Polar e busca a verdade sobre o que aconteceu a bordo  do voo Dubai-Paris antes de bater no maciço alpino através da análise minuciosa das caixas  pretas. No elenco está Pierre Niney, que viveu o costureiro em “Yves Saint Laurent”, longa  também exibido no Varilux. Com direção de Elie Wajeman, “Madrugada em Paris” retrata a  saga de Mikaël, um médico vivido pelo ator Vincent Macaigne que tem uma noite para decidir  seu próprio destino.  

E, para deixar os amantes da gastronomia com água na boca, a mostra apresenta “Delicioso: da  Cozinha para o mundo”, comédia estrelada por Grégory Gadebois e Isabelle Carré, sob a direção  de Eric Besnard. O filme de época conta um pouco dos primórdios da culinária francesa, bem  como a criação do primeiro restaurante do país, antes mesmo da revolução francesa acontecer.  

Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes 2021 e representante da França no Oscar do  ano que vem, o terror “Titane”, dirigido por Julia Ducournau e com Vincent Lindon, Agathe  Rousselle e Garance Marillier no elenco principal, poderá ser assistido pelo público do festival em algumas cidades. 

“Um Conto de Amor e Desejo”, segundo longa-metragem de Leyla Bouzid, traz Sami Outalbali,  Zbeida Belhajamor e Diong-Keba Tacu no elenco principal. Protagonista, no filme Sami interpreta  Ahmed, um jovem crescido nos subúrbios parisiense que, na universidade, conhece Farah, uma  jovem tunisiana cheia de energia e recém-chegada de Túnis. O longa mostra, com delicadeza e  audácia, o despertar para a sexualidade e o ardor dos sentimentos e fantasias. A produção  integrou a Semana da Crítica de Cannes de 2021 e ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival  Du Film Francophone d’Angoulême 2021.  

OS CLÁSSICOS 

A edição 2021 traz de volta às telonas dois filmes memoráveis da cinematografia francesa para  compor os clássicos homenageados da mostra. São eles: “O Magnífico” e “As coisas da Vida”. A  comédia “O Magnífico”, de 1973, é dirigida por Philippe de Broca e conta com Jean Paul  Belmondo no papel principal, além de Jaqueline Bisset, Vittorio Caprioli e Jean Lefebvre. “As  Coisas da Vida”, de 1970, é um drama romântico dirigido por Claude Sautet e com Michel Piccoli,  Romy Schneider, Lea Massari e Jean Bouise nos papéis principais. 

Em “O Magnífico”, de Philippe de Broca, François é um escritor de romances de espionagem,  cuja figura principal é Bob Saint Clair, um espião muito esperto, inteligente e sedutor. Sua obra  desperta o interesse acadêmico de Christiane, uma estudante inglesa de sociologia. Aos poucos,  o estudo e o relacionamento entre eles começam a se confundir com trechos do novo livro do  escritor. O filme cult é uma hilariante e feroz sátira dos filmes de aventura, espionagem, dos  super-heróis, sendo os filmes de James Bond o alvo mais específico. Com um humor ácido, a  comédia usa e abusa de todos os excessos do gênero com alegria contagiante e explora com  maestria o tema da vida dupla, real e sonhada. 

De Claude Sautet, “As Coisas da Vida” mostra Pierre (Michel Piccoli), arquiteto na faixa dos 40  anos, após sofrer um grave acidente de carro. Arremessado para fora de seu veículo, em estado  de coma à beira da estrada, tem flashbacks do passado e das duas mulheres de sua vida: a ex mulher Catherine (Léa Massari), com quem tem um filho, e Hélène (Romy Schneider), com quem  vive um conturbado relacionamento. A trama, gira em torno do estado de coma do personagem principal, que sofre um acidente que o deixa gravemente ferido e vê sua vida passar em ritmo  acelerado. E ele se dá conta de como as pequenas coisas da existência – as alegrias e as tristezas  – formam a felicidade de toda uma vida. Grande sucesso de bilheteria, o longa-metragem ganhou  o Prêmio Louis Delluc e a Palma de Ouro de melhor filme no Festival de Cannes de 1970. 

MOSTRA EM HOMENAGEM AO ATOR JEAN-PAUL BELMONDO 

O público das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo será presenteado com uma mostra especial,  em homenagem ao ator Jean-Paul Belmondo, falecido em setembro passado. A curadoria selecionou quatro títulos que destacam e enaltecem a carreira de Belmondo, cujo legado  atravessou gerações. São eles: “O Demônio das Onze Horas” (1965), de Jean-Luc Godard, “O  Homem do Rio” (1964), de Philippe de Broca, “Técnica de um delator” (1963), de Jean-Pierre  Melville e “Léon Morin, o padre” (1961), de Jean-Pierre Melville. Importante salientar que os  filmes da programação em homenagem a Jean-Paul Belmondo não estarão disponíveis em todas  as cidades. Já estão confirmadas São Paulo e Rio de Janeiro.  

Em “O Demônio das Onze Horas” (1965), de Jean-Luc Godard, Ferdinand Griffon é um professor  de língua espanhola casado com uma italiana. Ele anda um pouco desiludido porque acaba de  perder o seu emprego na televisão. Em uma noite, o casal vai a uma festa burguesa na casa de  amigos. Mas para frequentar o evento social, precisavam que alguém cuidasse das crianças.  Decidem, então, contratar a jovem Marianne como babá. Após uma noite decepcionante,  Ferdinand volta para a casa, encontra Marianne e tenta conquistá-la. No dia seguinte, o novo  casal foge em direção ao Sul, onde se envolve com tráfico de armas e conspirações políticas.  Baseada no livro Obsession, de Lionel White, o filme é tido como um dos grandes marcos do  movimento “Nouvelle Vague”. 

Em “O Homem do Rio” (1964), de Philippe de Broca, o piloto Adrien Dufourquet consegue uma  semana de folga e planeja encontrar-se com a namorada Agnès em Paris. Ao chegar, depara-se  com um bando de índios sul-americanos que raptam a moça. Eles pensam que a jovem sabe onde  estão as estátuas que os levariam a um fabuloso tesouro. Adrien segue os bandidos até a Selva  Amazônica e vive uma série de perigos ao tentar resgatar Agnès.  

Em “Técnica de um delator” (1963), de Jean-Pierre Melville, Maurice, recém-saído da prisão,  planeja um roubo junto com o amigo Silien. O comparsa, no entanto, o delata para a polícia,  que impede o roubo e fere Maurice. Recuperado, ele orquestra um plano para se vingar. 

“Léon Morin, o padre” (1961), de Jean-Pierre Melville, se passa durante a Segunda Grande  Guerra, quando a viúva Barny, ateia, manda sua filha meio judia para viver em uma fazenda  antes que os alemães invadissem a cidade. Quando ela descobre que o irmão de seu chefe fora  mandado a um campo de concentração por ser judeu, decide batizar a filha na religião católica  e assim se aproxima do padre Léon, por quem acaba sentindo uma grande atração. 

LABORATÓRIO FRANCO-BRASILEIRO DE ROTEIROS 

O Laboratório Franco-Brasileiro de Roteiros destinado a roteiristas, diretores, profissionais de  cinema e TV será realizado no Hotel Fairmont Copacabana, no Rio de Janeiro, entre 22 e 26 de  novembro, sob a coordenação de François Sauvagnargues, especialista de ficção e ex-diretor  geral do FIPA, Festival Internacional de Programação Audiovisual (Biarritz, França) e tem a  participação de dos roteiristas Claire Barré, Corinne Klomp e Didier Lacoste, do Conservatório  Europeu de Escrita Audiovisual (CEEA). Serão cinco dias com um número pequeno de pessoas para que a interação com os professores roteiristas seja completa; uma vez que fazem um  trabalho personalizado com o objetivo de explorar os fundamentos e a metodologia da  construção dramática, aplicando-os no desenvolvimento de projetos de roteiros de ficção de  longa-metragem para cinema e séries para televisão. A iniciativa é resultado de uma parceria  entre o Festival Varilux e o Conservatório Europeu de Escrita Audiovisual (CEEA).


Confira os filmes e horários de exibição no Cine Cultura Liberty Mall: AQUI .

FILMES DA PROGRAMAÇÃO 

@ARTHUR RAMBO – ÓDIO NAS REDES
2021 / 1h27 / Drama
Com: Rabah Naït Oufella, Sofian Khammes, Antoine Reinartz
Direção: Laurent Cantet
Distribuição no Brasil: Vitrine Filmes 

Sinopse: Quem é Karim D.? Um jovem escritor empenhado no sucesso? Ou seu pseudônimo Arthur  Rambo, que espalha mensagens de ódio em suas redes sociais?  

ADEUS, IDIOTAS
2020 / 1h27 / Comédia
Com: Virginie Efira, Albert Dupontel, Nicolas Marié
Direção: Albert Dupontel
Distribuição no Brasil: Mares Filmes 

Sinopse: Quando Suze Trappet descobre, aos 43 anos, que está seriamente doente, decide ir  procurar a criança que foi forçada a abandonar quando tinha 15 anos. Sua busca vai fazê-la  cruzar com JB, um quinquagenário em pleno esgotamento mental, e com o Sr. Blin, um arquivista  cego de um entusiasmo impressionante. Juntos, eles embarcam em uma missão tão espetacular  quanto improvável.  

A TRAVESSIA
2021 / 1h24 / Animação, Drama,
Com: Emilie Lan Dürr, Florence Miailhe, Maxime Gémin
Direção: Florence Miailhe
Distribuição no Brasil: Bonfilm  

Sinopse: Uma aldeia saqueada, uma família em fuga e duas crianças perdidas nos caminhos do  exílio… Kyona e Adriel tentam escapar daqueles que os perseguem para chegar a um país com  um regime mais brando. Durante uma jornada que os levará da infância à adolescência, eles  passarão por muitas provações envoltas em um misto de fantasia e realidade para chegar ao seu  destino.  

CAIXA PRETA
2020 / 2h09 / Thriller, Drama
Com: Pierre Niney, Lou de Laâge, André Dussollier, Olivier Rabourdin
Direção: Yann Gozlan
Distribuição no Brasil: Bonfilm  

Sinopse: O que aconteceu a bordo do voo Dubai-Paris antes de bater no maciço alpino? Técnico  na BEA, autoridade responsável pelas investigações de segurança na aviação civil, Mathieu  Vasseur é o investigador principal desse desastre aéreo sem precedentes. Teria sido um erro do  piloto? Falha técnica? Ato terrorista? A análise minuciosa das caixas pretas fará com que Mathieu  conduza secretamente a sua própria investigação. Ele ainda não sabe até onde vai a sua busca  pela verdade.  

DELICIOSO: DA COZINHA PARA O MUNDO
2021 / 1h53 / Comédia, Histórico
Com: Grégory Gadebois, Isabelle Carré, Benjamin Lavernhe
Direção: Eric Besnard
Distribuição no Brasil: PlayArte  

Sinopse: No alvorecer da Revolução Francesa, Pierre Manceron, um cozinheiro ousado, mas  orgulhoso, foi demitido por seu mestre, o duque de Chamfort. Conhecer uma mulher  surpreendente, que deseja aprender a arte culinária ao seu lado, dá-lhe autoconfiança e o leva  a se libertar de sua condição de servo para empreender sua própria revolução. Juntos, eles vão 

inventar um lugar de prazer e partilha aberto a todos: o primeiro restaurante. Uma ideia que  fará com que eles ganhem clientes… e inimigos.  

ENQUANTO VIVO
(De son vivant)
2021 / 2h / Drama
Com: Catherine Deneuve, Benoît Magimel, Gabriel Sara
Direção: Emmanuelle Bercot
Distribuição no Brasil: Bonfilm 

Sinopse: Um homem condenado cedo demais por uma doença. O sofrimento de uma mãe diante  do inaceitável. A dedicação de um médico e de uma enfermeira para acompanhá-los num  caminho impossível. Ao longo das quatro estações de um ano eles terão que lidar com a doença,  domesticá-la, e compreender o que significa morrer enquanto vive.  

ILUSÕES PERDIDAS
2021 / 2h29 / Drama, Histórico
Com: Benjamin Voisin, Cécile de France, Vincent Lacoste
Direção: Xavier Giannoli
Distribuição no Brasil: California Filmes 

Sinopse: Lucien é um jovem poeta desconhecido da França do século XIX. Ele tem grandes  esperanças e quer escolher seu destino. Ele larga a gráfica de sua província natal para tentar a  sorte em Paris, nos braços de sua protetora. Logo deixado por conta própria na fabulosa vila, o  jovem rapaz vai descobrir os bastidores de um mundo condenado à lei do lucro e das falsidades.  Uma comédia humana na qual tudo se compra e se vende, da literatura à imprensa, da política  aos sentimentos, das reputações às almas. Ele vai amar, sofrer, e sobreviver às suas ilusões.  

UM INTRUSO NO PORÃO
(L’homme de la cave)
2021 / 1h54 / Thriller
Com: François Cluzet, Jérémie Renier, Bérénice Bejo
Direção: Philippe Le Guay
Distribuição no Brasil: Synapse  

Sinopse: Em Paris, Simon e Helen decidem vender um porão no imóvel onde vivem. Um homem  com um passado conturbado o compra e instala-se lá sem aviso prévio. Pouco a pouco, a sua  presença vai mudar a vida do casal.  

NOSSO PLANETA, NOSSO LEGADO
2020 / 1h40 / Documentário
Direção: Yann Arthus-Bertrand
Distribuição no Brasil: Bonfilm 

Sinopse: Dez anos depois de “Home”, Yann Arthus-Bertrand retorna com “Legacy”, um grito  poderoso do coração. Ele compartilha uma visão sensível e radical do nosso mundo, que viu se  deteriorar ao longo de uma geração, e revela um planeta sofredor, uma humanidade  desorientada e incapaz de levar a sério a ameaça que pesa sobre ela e sobre todos os seres vivos.  Para o diretor, é urgente: todos podem e devem fazer ações concretas pelo futuro do planeta  para nossas crianças. 

PARIS, 13º DISTRITO
(Les Olympiades)
2021 / 1h45 / Comédia, Romance
Com: Lucie Zhang, Makita Samba, Noémie Merlant
Direção: Jacques Audiard
Distribuição no Brasil: California Filmes

Sinopse: Paris, 13º arrondissement, bairro de Olympiades. Emilie encontra Camille, que se sente  atraído por Nora, que acaba cruzando caminhos com Amber. Três garotas e um garoto. Eles são  amigos, às vezes amantes, frequentemente os dois.  

MADRUGADA EM PARIS
(Médecin de nuit) 2020 / 1h22 / Drama
Com: Vincent Macaigne, Sara Giraudeau, Pio Marmai
Direção: Elie Wajeman
Distribuição no Brasil: Bonfilm 

Sinopse: Mikaël é um médico noturno. Ele cuida de pacientes de bairros vulneráveis, mas  também daqueles que ninguém quer ver: os viciados. Dividido entre a mulher e a amante e  arrastado pelo primo farmacêutico para um perigoso esquema de receitas falsas, sua vida se  torna um caos. Mikaël não tem escolha: esta noite, ele deve decidir seu destino.  

MENTES EXTRAORDINÁRIAS
2020 / 1h31 / Comédia dramática
Com: Bernard Campan, Alexandre Jollien, Marilyne Canto
Direção: Bernard Campan e Alexandre Jollien
Distribuição no Brasil: California Filmes 

Sinopse: Dois homens dirigem-se de Lausanne para o sul da França num carro funerário. Se  conhecem pouco e têm pouco em comum. Ou pelo menos é o que acham.  

ESTÁ TUDO BEM
2021 / 1h52 / Comédia dramática
Com: Sophie Marceau, André Dussollier, Géraldine Pailhas
Direção: François Ozon
Distribuição no Brasil: California Filmes 

Sinopse: Emmanuèle, romancista realizada na sua vida privada e profissional, se dirige ao  hospital onde o seu pai, André, acaba de sofrer um AVC. Fantasque, apaixonado pela vida, porém  cansado, pede à sua filha para ajudá-lo a acabar com isso. Com a ajuda de sua irmã Pascale, ela  terá que escolher: aceitar a vontade de seu pai ou convencê-lo a mudar de ideia.  

TITANE
2021 / 1h48 / Thriller, Drama
Com: Vincent Lindon, Agathe Rousselle, Garance Marillier
Direção: Julia Ducournau  

Sinopse: Depois de uma série de crimes inexplicáveis, um pai encontra seu filho, que está  desaparecido há 10 anos. Titânio: Metal altamente resistente ao calor e à corrosão, dando origem  a ligas muito duras.  

TRALALA
2021 / 2h / Comédia musical
Com: Mathieu Amalric, Josiane Balasko, Mélanie Thierry
Direção: Arnaud e Jean-Marie Larrieu
Distribuição no Brasil: Bonfilm 

Sinopse: Tralala, 40 anos, um cantor das ruas de Paris, encontra uma jovem que lhe deixa uma  única mensagem antes de desaparecer: “Acima de tudo, não seja você mesmo”. Teria Tralala  sonhado? Ele deixa a capital e acaba encontrando em Lourdes a mulher pela qual já estava  apaixonado, mas que não se lembra dele. Porém, uma emocionada mulher de 60 anos acredita  que Tralala é seu próprio filho, Pat, desaparecido 20 anos antes nos Estados Unidos. Tralala  decide assumir o papel. Ele vai descobrir para si uma nova família e encontrar a vocação que  não sabia que tinha. 

UM CONTO DE AMOR E DESEJO
2021 / 1h42 / Drama, Romance
Com: Sami Outalbali, Zbeida Belhajamor, Diong-Keba Tacu
Direção: Leyla Bouzid
Distribuição no Brasil: Bonfilm 

Sinopse: Ahmed, 18 anos, é francês de origem argelina. Cresceu nos subúrbios parisienses. Nas  bancadas da universidade, ele conhece Farah, uma jovem tunisiana cheia de energia que acaba  de chegar de Túnis. Ao descobrir uma coletânea de literatura árabe sensual e erótica da qual  ele nunca soube, Ahmed apaixona-se perdidamente por esta jovem e, apesar de literalmente  inundado de desejo, ele vai tentar resistir.  

PEQUENA LIÇÃO DE AMOR
2020 / 1h27 / Comédia, Romance
Com: Laetitia Dosch, Pierre Deladonchamps, Lorette Nyssen
Direção: Eve Deboise
Distribuição no Brasil: Bonfilm 

Sinopse: Uma jovem se abriga num café para escapar da chuva. Lá, encontra provas de  matemática esquecidas e uma inquietante carta de amor… 

 

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DESTAQUE da SEMANA

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Há profundidade na letra da música Pequena memória para um tempo sem memória, usada no longa Marighella, que parece bem ilustrar o grande ganho para o espectador do filme assinado por Wagner Moura: trazer imagens (e representação) para a lacuna visual no retrato de presos e torturados pela ditadura brasileira. Alternando vitalidade de cenas de ação a embasamento de conceitos (onde pesa a nomenclatura revolução ou golpe), o longa prende pelo lado emocional, ao expôr a relação do guerrilheiro Marighella, interpretado por Seu Jorge, com o filho. Aos brados do “Viva a democracia”, o homem que deu rosto à chamada ameaça comunista não protagoniza gestos aventureiros ou gloriosos, trazendo, sim, ações fundamentadas e reforçando a imagem de estrategista.

Numa cena quase inicial, militares marcham reforçando o “esquerda, esquerda” (numa ironia à cadência dos coturnos) que avança na tela, sob o roteiro de Wagner Moura e Felipe Braga. Valores glorificados por Marighella no filme, entre os quais a lealdade, o amor e a honestidade não camuflam a truculência da luta armada. Justiçamento reveste a bandeira do “olho por olho” proclamado em muitos momentos. Mantidos, ainda hoje, na clandestinidade, os atos dos agentes do DOPS têm boa encenação, no embalo da ambiguidade cruel dada por Bruno Gagliasso (que defende o personagem do policial Lúcio).

Espancamentos e espetáculos grotescos de prisões trazem uma contundência parelha ao do clássico Pra frente, Brasil! (1982). No absolutamente atual relato dos fins dos anos 60, em que, como dito no filme, foram caladas “ideias com as quais (o governo) não consegue dialogar”, pesam as participações de bons atores como Humberto Carrão (Humberto, no filme), Carla Ribas (Gorette) e Bella Camero (Bella).
Na preparação de elenco, pode ser sentido o dedo de Fátima Toledo (de Pixote — A lei do mais fraco), e a produção ganha com a direção de arte de Frederico Pinto e a trilha sonora inspirada que traz músicas como Banditismo por uma questão de classe, Monólogo ao pé do ouvido e Eu não tenho onde morar.

Potente em mensagens políticas, Marighella ambienta, no desfile de kombis surradas, galpões abandonados e até trens saqueados, a tal “página infeliz da nossa história”, tão bem cantada por Chico Buarque. “Vocês estão matando um patriota” é das frases desde já eternizadas (por Jorge Paz), com a chegada do longa aos cinemas.

 

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_Fonte:
Ricardo Daehn, via Correio Braziliense.

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O novo filme nacional da Netflix, 7 Prisioneiros, destaca a cruel realidade do trabalho análogo à escravidão, um problema que muitas vezes passa despercebido pela sociedade no cotidiano. A trama surgiu a partir do interesse do diretor Alexandre Moratto pelo tema, o que o levou a escrever o roteiro com Thayná Mantesso.

“Eu ficaria eternamente feliz se esse filme começar um diálogo, uma discussão mais ampla sobre a situação de trabalho análogo à escravidão e tráfico humano”, diz o diretor sobre a expectativa para o lançamento após a pré-estreia virtual.

“Eu, quando fiquei sabendo como isso acontece no Brasil e no mundo inteiro – e afeta 40 milhões de pessoas no mundo, eu não sabia disso. Todo mundo sabe que existe o tráfico humano, mas não tinha caído essa ficha (de como acontece), não tinha consciência disso. Espero que o filme traga essa consciência”, completa Moratto.

Para dar destaque ao tema, 7 Prisioneiros conta a história de Mateus. O jovem deixa o interior para trabalhar em um ferro velho em São Paulo, comandado por Luca.

Quando começa no novo emprego, o protagonista e os outros personagens que estão com ele descobrem que estão em um sistema de trabalho análogo à escravidão.

Assim como Moratto e Thayná repetem a parceria de Sócrates (2018), o diretor volta a trabalhar com Christian Malheiros, também do elogiado longa de estreia do trio. O ator também é conhecido pela série Sintonia, da própria Netflix.

Já o papel de Luca é de Rodrigo Santoro (300, Lost, Westworld), que define o trabalho no filme como “um dos personagens mais difíceis que já interpretei”. A produção é de Ramin Bahrani (O Tigre Branco) e Fernando Meirelles (Cidade de Deus).

O tema de trabalho análogo à escravidão surgiu de uma noite sem sono de Moratto. Trabalhando em Sócrates, e sem conseguir dormir, o cineasta assistiu a um especial sobre o problema na TV.

O interesse levou a uma intensa pesquisa de Moratto, que até mesmo conversou com vítimas dessa cruel realidade, a partir de uma amiga jornalista que fazia uma pesquisa com a ONU.

“Estava acordado tarde, sem conseguir dormir, e apareceu essa matéria. Tinha filmagens de pessoas em São Paulo que estavam até acorrentadas aqui (apontando para o tornozelo). Isso me chocou muito. Como que ainda existe nesse século a situação de pessoas ficarem escravizadas e isso não saía da minha cabeça”, explica o diretor de 7 Prisioneiros.

A decisão sobre seguir com o projeto veio após as conversas mencionadas acima. “Eu tenho que fazer esse filme, não posso mais ficar quieto sobre o que está acontecendo”, destaca Moratto.

O filme brasileiro da Netflix está sendo aclamado pela crítica internacional, tendo conquistado dois prêmios paralelos no Festival de Veneza: Sorriso Diverso Venezia de Melhor Filme Estrangeiro e Menção Honrosa da Fundação Fai Persona Lavoro Ambiente.

Alguns veículos do exterior chegam a colocar o longa em listas de apostas para os Melhores Filmes Estrangeiros do Oscar 2022. Meirelles está otimista após essa primeira recepção.

O elenco de 7 Prisioneiros tem ainda Lucas Oranmian, Vitor Julian, Bruno Rocha, Dirce Thomaz, Josias Duarte e Cecília Homem de Mello.

7 Prisioneiros chega em 11 de novembro na Netflix e em cinemas selecionados, entre eles o Cine Cultura, no dia 4 de novembro, com exibição até 10 de novembro.

Os ingressos já estão disponíveis em pré-venda. CLIQUE AQUI e garanta o seu!

 

 

 

_Fonte:
Bruno Tomé, via website Observatório do Cinema.