>> Os ingressos já estão disponíveis em pré-venda. CLIQUE AQUI e garanta o seu!

O novo filme nacional da Netflix, 7 Prisioneiros, destaca a cruel realidade do trabalho análogo à escravidão, um problema que muitas vezes passa despercebido pela sociedade no cotidiano. A trama surgiu a partir do interesse do diretor Alexandre Moratto pelo tema, o que o levou a escrever o roteiro com Thayná Mantesso.

“Eu ficaria eternamente feliz se esse filme começar um diálogo, uma discussão mais ampla sobre a situação de trabalho análogo à escravidão e tráfico humano”, diz o diretor sobre a expectativa para o lançamento após a pré-estreia virtual.

“Eu, quando fiquei sabendo como isso acontece no Brasil e no mundo inteiro – e afeta 40 milhões de pessoas no mundo, eu não sabia disso. Todo mundo sabe que existe o tráfico humano, mas não tinha caído essa ficha (de como acontece), não tinha consciência disso. Espero que o filme traga essa consciência”, completa Moratto.

Para dar destaque ao tema, 7 Prisioneiros conta a história de Mateus. O jovem deixa o interior para trabalhar em um ferro velho em São Paulo, comandado por Luca.

Quando começa no novo emprego, o protagonista e os outros personagens que estão com ele descobrem que estão em um sistema de trabalho análogo à escravidão.

Assim como Moratto e Thayná repetem a parceria de Sócrates (2018), o diretor volta a trabalhar com Christian Malheiros, também do elogiado longa de estreia do trio. O ator também é conhecido pela série Sintonia, da própria Netflix.

Já o papel de Luca é de Rodrigo Santoro (300, Lost, Westworld), que define o trabalho no filme como “um dos personagens mais difíceis que já interpretei”. A produção é de Ramin Bahrani (O Tigre Branco) e Fernando Meirelles (Cidade de Deus).

O tema de trabalho análogo à escravidão surgiu de uma noite sem sono de Moratto. Trabalhando em Sócrates, e sem conseguir dormir, o cineasta assistiu a um especial sobre o problema na TV.

O interesse levou a uma intensa pesquisa de Moratto, que até mesmo conversou com vítimas dessa cruel realidade, a partir de uma amiga jornalista que fazia uma pesquisa com a ONU.

“Estava acordado tarde, sem conseguir dormir, e apareceu essa matéria. Tinha filmagens de pessoas em São Paulo que estavam até acorrentadas aqui (apontando para o tornozelo). Isso me chocou muito. Como que ainda existe nesse século a situação de pessoas ficarem escravizadas e isso não saía da minha cabeça”, explica o diretor de 7 Prisioneiros.

A decisão sobre seguir com o projeto veio após as conversas mencionadas acima. “Eu tenho que fazer esse filme, não posso mais ficar quieto sobre o que está acontecendo”, destaca Moratto.

O filme brasileiro da Netflix está sendo aclamado pela crítica internacional, tendo conquistado dois prêmios paralelos no Festival de Veneza: Sorriso Diverso Venezia de Melhor Filme Estrangeiro e Menção Honrosa da Fundação Fai Persona Lavoro Ambiente.

Alguns veículos do exterior chegam a colocar o longa em listas de apostas para os Melhores Filmes Estrangeiros do Oscar 2022. Meirelles está otimista após essa primeira recepção.

O elenco de 7 Prisioneiros tem ainda Lucas Oranmian, Vitor Julian, Bruno Rocha, Dirce Thomaz, Josias Duarte e Cecília Homem de Mello.

7 Prisioneiros chega em 11 de novembro na Netflix e em cinemas selecionados, entre eles o Cine Cultura, no dia 4 de novembro, com exibição até 10 de novembro.

Os ingressos já estão disponíveis em pré-venda. CLIQUE AQUI e garanta o seu!

 

 

 

_Fonte:
Bruno Tomé, via website Observatório do Cinema.