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Marte Um: Filme do Oscar 2023 é triste conto sobre o Brasil real

Escolhido para representar o Brasil no Oscar 2023, Marte Um é um dos grandes títulos do ano. Apesar de estrear sem alarde no circuito nacional, o longa dirigido pelo mineiro Gabriel Martins ganhou força e acabou selecionado para disputar uma vaga no maior prêmio do cinema mundial.

Sem grandes astros, Marte Um comove pela simplicidade. A história de uma família pobre da periferia de Belo Horizonte é retratada como um conto sensível, mas triste sobre a realidade da população menos favorecida economicamente.

A trama tem início logo após a vitória de Jair Bolsonaro na corrida pela presidência do país, em 2018. Na época, o Brasil já enfrentava uma grave crise econômica que afetou principalmente os mais pobres. Nesta realidade tão dura, o jovem Deivinho (Cícero Lucas), caçula da família Martins, sonha em ser astrofísico e participar de uma missão que em 2030 irá colonizar Marte.

Patriarca da família, Wellington (Carlos Francisco) é porteiro de um prédio de luxo que se orgulha de estar há quatro anos sóbrio. Carinhoso e trabalhador, ele vê no talento de Deivinho para o futebol a grande oportunidade para mudar a vida de todos. A mãe, Tércia (Rejane Faria), diarista que sofre para encontrar novos trabalhos, acredita estar sofrendo de uma maldição na qual tudo dá errado para ela.

À primeira vista, Marte Um não reinventa a roda ou quebra regras de um filme do gênero. Drama dos mais simples, o longa comove sem exageros, mostrando a evolução na jornada dos Martins dentro de sua própria e comum realidade. Para aqueles que vivem longe da bolha da classe média, ela pode ser muito mais dolorosa do que imaginam.

Por retratar a história de uma família negra da periferia, Marte Um expõe os problemas do pais de maneiras sutis. Enquanto a eleição de Bolsonaro parecia resgatar a esperança de parcela da população, a realidade da família Martins mostra que pouco mudou para os menos favorecidos. Pelo contrário: as dificuldades enfrentadas por Wellington e Tércia em seus empregos revelam um Brasil amargo e duro de encarar.

Por retratar a história de uma família negra da periferia, Marte Um expõe os problemas do pais de maneiras sutis. Enquanto a eleição de Bolsonaro parecia resgatar a esperança de parcela da população, a realidade da família Martins mostra que pouco mudou para os menos favorecidos. Pelo contrário: as dificuldades enfrentadas por Wellington e Tércia em seus empregos revelam um Brasil amargo e duro de encarar.

Por André Zuliani, para o Tangerina.

 

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